30.12.11

Sobrepalavra

Em momentos de pedir a nós mesmos novos rumos, estabelecer objetivos novos, ainda que seja o cumprimento de antigos, eu refaço minha reza íntima, particular:
Que a palavra a me guiar seja CORAGEM.
Dela, o mais virá:
Coragem para a saúde
e o enfrentamento da doença;
Coragem para a dignidade
e o confronto com as misérias;
Coragem para a criatividade
e negação da inanição;
Coragem para a voz
e para silêncios justificados;
Coragem para a paz
e para o conflito;
Coragem para fé
e contra fés;
Coragem para o encanto
e para horas de desencantamento;
Coragem para certezas
e para as dúvidas;
Coragem para a chama
e para a duração da chama.

17.12.11

Queria ter visto meu olhar de surpresa quando reencontrei o que procurava numa hora não esperada. Esse pequeno ato, encheu-me de esperança e de dança. Teus brincos meus, pareceram-me devolver você.

Repito: não quero te perder!

15.12.11

Acabado

Duas taças significavam muito além do que duas taças: significavam a permanência em sua futura mudança. Seria sua casa nova, sua casa, com coisas que havia conquistado na sua antiga (ainda atual) casa. As taças, talvez, representassem minha vontade de querer ficar, mas não - eu não ficarei. E o que será dessas taças, cada uma embrulhada em um jornal, a fim de não se quebrarem, vivendo a ausência do brinde?

6.12.11

Desculpem-me por inclui-los em sonhos tão meus, mas é que sonho coletivamente. Como seria fantástico termos nós a nós mesmos. E andarmos juntos e construírmos juntos e sonharmos juntos.
Se em casa aprendi a trancar portas, chegar cedo, não conversar com estranhos, com vocês aprendi o contrário: abrir portas pro estranho - o outro ou mesmo o eu-estranho - e assistir ao prolongamento das noites.
Assim, fui quebrando distâncias, desfazendo barricadas.
E esse momento de desestranhamento quer se estender, se prolongar, chamando-me e chamando-vos para termos uma casa nua, livre de portas, mas cheia de livros e gente e discos e poesias humanas e diálogos e arte criada.
Criaturas, venham morar comigo?

5.12.11

A duas criaturas

Venham cá magrelos de sorrisos parecidos.
Idades tão distantes e um mesmo sorriso, um mesmo olhar, uma mesma alma.
Ah, seu Galiano, Ah! Que discípula linda de alma que arranjaste, hein?! De energia tão sua. Ah!
Venham cá magrelos de sorrisos idênticos, deixem-me criá-los, niná-los, crianças. Deixem-me criança. Deem-me a felicidade de tê-los por perto. Deem-me sorrisos dia sim, dia também.
Venham me ninar!
Ah, magrelos! Ah, magrelos!

Ser persona: SER

Fazer arte e dar à arte respeito maior que dinheiro. Fazer arte e pagá-la artisticamente. Dar à arte artéria, dar artéria aos presentes, dar presente ao ser presente. Dar ao público chama, à chama mais fogo, ao fogo mais lenha humana, incendiar os que incendeiam.
Obrigado por serem/estarem PRESENTES - incendiando e deixando-se incendiar.

14.10.11

CRIPOLOU

Eis um nome pra você, eis, talvez, teu melhor nome. Cripolou. É nome-vida este que te dou. Meu único medo seria somente perder toda força-vida deste nome na repetição de te chamar. Minha esperança, no entanto, é multiplicarmo-nos em vida na repetição de te chamar. É também te ver menino-criança, na tua infância mineira-mineradora, ainda desconhecida por mim. É também te ver poeta na tradução da realidade, "essa senhora taciturna". É, outrossim, ao ouvir-te gritar outros "NÃOS!", ver-te louco, por morar nos teus gritos a louca esperança e a louc'abençoada negação de qualquer taciturnidade.
CRIPOLOU, aceite essa louca poesia pueril que te ofereço ao te ofertares a mim.
E a mim que vivi vida tão imprática:

"Lutando, vem a vontade de lutar."
in: http://ouniversalcircocritico.blogspot.com/search/label/Livros

6.10.11

Um dia, hei de ver de novo a tua cor branca, tua leveza nas mãos, tua leveza do corpo e sentir a lucidez do seu pensamento e ouvir a claridade poética das tuas falas. Um dia hei de te ler e ler e reler. Um dia hei de saciar a vontade de te ser.
Um dia, hei de ter alma mineira. De quem cava, aprofunda o cavar e aprofunda mais o cavar, reluzindo no próprio corpo a cor do ouro.

27.9.11

O Universal Circo Crítico

http://ouniversalcircocritico.blogspot.com/2010/03/discurso-de-formatura.html

19.9.11

"O amor é perigoso para quem não resolveu os seus problemas."
Fabrício Carpinejar

Não resolvi os meus.

22.8.11

Noites com sol

Dias azuis-ensolarados, dias mastigados, mordidos, infectados pelo bicho da arte, dias de sobre-humanidade, dias de sobriedade, dias de Lu(z)cidez. Dias em que, mordida, o cansaço não me cansava, só me alcançavam coisas altivas. Dias de noites enluaradas, aconchegantes e tão bem chegadas. Dias de "noites com Sol".

15.8.11

Roubadora de almas

Desculpem-me vocês, mas é graças ao ato de furtar que Sobre-vivo; graças às almas suas que, de grandes, permitem-me o furto sem que matéria roubada lhes faça falta. Como pedaços roubados de almas, alimento-me de gentes e, somente por isso, vou seguindo, vou tomando direções.



[Para Adriel]
Quanto ao livro, bem... precisávamos de um Nietzsche em cena, nada melhor do que roubar o seu - já que o roubo seria temporário - mas houve algo que não percebi: foi você, começou com você, você e os livros, você e as leituras, minha mais jovem influência, minha mais forte influência. Meu primeiro pedaço de alma roubei de ti.

8.8.11

À mulher criança, poeta e louca


Vai já pra dentro menino!
Vai já pra dentro estudar!
É sempre essa lengalenga
Quando o que eu quero é brincar...

Eu sei que aprendo nos livros,
Eu sei que aprendo no estudo,
Mas o mundo é variado
E eu preciso saber tudo!

Há tempo pra conhecer,
Há tempo pra explorar!
Basta os olhos abrir,
E com o ouvido escutar.

Aprende-se o tempo todo,
Dentro, fora, pelo avesso,
Começando pelo fim
Terminando no começo!

Se eu me fecho lá em casa,
Numa tarde de calor,
Como eu vou ver uma abelha
A catar pólen na flor?

Como eu vou saber da chuva
Se eu nunca me molhar?
Como eu vou sentir o sol,
Se eu nunca me queimar?

Como eu vou saber da terra,
Se eu nunca me sujar?
Como eu vou saber das gentes,
Sem aprender a gostar?

Quero ver com os meus olhos,
Quero a vida até o fundo,
Quero ter barros nos pés,
Eu quero aprender o mundo!


Pedro Bandeira




Quero sentir dor de boneca e saber seguir

Decripolou Totepou

Ela tinha os cabelos mais cheios do que jamais vira, e era a poesia mais leve. Se eu pudesse diria a ela: leve-me e ensine-me a ser leve assim, ensine-me sua poesia e seu mundo, ensina-me a ser palhaça assim, a ter dor de boneca e saber seguir... se eu pudesse, ia na tua malinha cabedora de tantas magias, se eu pudesse, mais algumas lágrimas e um abraço daquele todo dia.

"Não chore, a poesia sempre volta."
[À Odilia Nunes, criança, poeta e louca]

17.7.11

Ao príncipe do Sol, o princípio

Toda sua escuridão é toda a sua luz, toda sua escuridão me ilumina tanto. Sua escuridão me abriga, me abraça, me acolhe. Sua escuridão é o meu amor, é meu achado no caminho perdido. Desculpe os termos, mas toda minha esperança é você em sua desesperança.

13.7.11

Misérias

De que me vale conhecer, questiono-me. Se tudo é antes uma autopromoção. Se somos determinados socialmente pelo que temos - e o somos -, o conhecimento não passa disso: mais um objeto de ornamentação, que bunitinho ser decorada! Da utilidade do conhecimento à sua fultilidade, é isso. Vivemos a era da fultilidade do conhecimento. Conhecer para mudar? Que coisa arcaica, não? Conhecer por conhecer mesmo, porque o conhecimento é irresistível e porque é preciso mostrar que se conhece. E perde-se e perde-se e perde-se... O conhecimento tem um fim em-si-mesmo.

Começo a desconfiar que a miséria real foi inventada pra manutenção dos pensadores.

Da fome e da sede deles vou me doutorando.

5.7.11

15.6.11

Como se ainda houvesse música nossa, pediria que te recordasses e dançasse como se eu fosse teu par, como se ainda houvesse resquícios de gemidos meus nas tuas lembranças, ou de mordidas ou dos meus olhos. Pediria, se pudesse, que mantivesse todas as lembranças e não me aniquilasse, que eu permanecesse sempre e sempre. Mas como não há mais nada além das minhas dores que só podem ser choradas e sentidas num quarto preto ou numa folha branca solitária, que eu me liberte, me desprenda. E que você também possa voar bem pra longe de mim, onde meus olhos não te grudem nem te façam pedidos difíceis a nós dois, um lugar bem longe, onde nem meus pensamentos possam ir te buscar. Atravesse o portal que te libertará de mim e vá para onde não poderei e vá e vá e vá, o mais breve possível, por favor!!!!

31.5.11

Sobre lobos e mordidas


Os dentes na tua carne foram para refrear tua alegria e teus movimentos. Eu quem enviei por meio de pensamentos o lobo atroz. Era preciso ver tua alegria refreada, tua dor aflorada, para que eu tivesse alegria. Como já não tinhas por perto a minha carne, senti fome da tua fome de mim, mandei o lobo te morder mais forte do que eu te mordia para que a marca na carne relembrasse as marcas de quando eu era teu lobo-amante e não te feria.

"Para que te serve essa cruel boca de fome? Para te morder e para soprar a fim de que eu não te doa demais, meu amor, já que tenho que te doer, eu sou o lobo inevitável pois a vida me foi dada"
Lispector

17.5.11

Tecedor do invisível

Trêmulas mãos habilidosas tecendo fios que ninguém vê. De uma mão à outra passa o fio invisível; com ambas as mãos percorre as bordas do tecido inexistente, como quem estica pra manter a retidão. Ninguém além dele percebe o tecido, tampouco as ondulações e os fiapos. Ele é o único capaz de fiar o ar que não venta ousando trançá-lo e tecê-lo.

Dorme Bem Aquecido

7.5.11

A flor e a pele

Evoquei memórias ainda pulsantes, memórias presentes. Evoquei e a pele sentiu e me ramifiquei em sensações. Fui semente, rompi terra, senti raiz e também vento, vi pássaros e admirei, percebi outras pétalas e invejei.
Tive alegrias e, também, medos de flor.

28.4.11

Mito

"...se alguém consegue dominar a enorme fadiga causada pela dança prolongada, poderá movimentar-se automaticamente, sem esforço algum, prova de que o corpo perdeu peso e, em consequência, aumentou de leveza. Os que possuem energia bastante para isso, acabam por elevar-se até o céu..."

Sobre o mito da "terra sem mal" dos Apapocuva. Para se alcançar essa terra necessário seria jejuar e dançar, dançar, dançar.

A Religião dos Tupinambás; de Alfred Métraux

Quase um hino a outro você

A ti eu posso confessar, só a ti. Na verdade, quero acreditar que só a ti, devido a distância, devido a sua sabedoria, devido à confiança que tenho. Confiança não, vai muito além disso. Ouvindo minhas palavras, talvez você me suponha tola demais por confiar tanto assim em alguém a ponto de irrefletir, a ponto de poder seguir à risca qualquer coisa que me dissesse, a ponto de acreditar piamente - ainda que esse alguém fosse você. Desculpas, perdoe-me a tolice, mas é que, vez em quando, é preciso confiarmos nós mesmos a alguém que não seja nós, a alguém que seja outro. No caso, a alguém que é você.
É, talvez, porque eu te quero ser que me dirijo a ti. É também, porque tu és o único que pode ser juiz de mim, por mais impiedoso, e é talvez por saber que, apesar de qualquer carinho que me tenhas, serás impiedoso, porém justo.

Então, responda-me, porque é melhor viver do que não viver? Eis minha questão, embora esse viver tenha, para mim, sentido avesso.

A questão mais direta seria: as pessoas percorrem o caminho que querem, o de traçar sua vida profissional, de correr atrás de títulos e títulos e títulos (o viver). Talvez eu me ache burra demais pra percorrer tal caminho, talvez eu me perca demais nesse caminho. Meu sonho seria tão outro, meu sonho seria, talvez, tão mesquinho: eu queria o saber sem ter que corresponder, eu queria a liberdade de quem não sabe, eu queria uma vida leve, uma vida de cuidados e sem tédio. Queria uma casinha simples, umas coisinhas bem simples e muita imaginação e tempo pras minhas imagens e ações. Um tempo que ninguém mais tem, isso eu queria! Talvez, não fosse nada mesquinho esse meu sonho.

E, então, o que vale mais?

Fico por aqui com minha dúvida mesquinha e te mostro minha grande miudeza, pra você me confortar ou, ao contrário, me pôr em frente ao espelho pra que eu mesma, eu mesma, faça alguma coisa por mim. Nem que seja rezar - isso eu sei que não aprendi contigo, contigo aprendi a apostar! Mesmo assim eu rezo. Eu rezo a você, eu rezo a você como se fosse o meu deus e me pudesse ouvir mesmo de longe e me pudesse consolar. Mas, sei que não queres ser deus de ninguém, porque tu estás para trazer inquietações.
Agora percebo que estranho pedir certeza a alguém que está para trazer incertezas. Mas, talvez, apenas você seja capaz de me quebrar para que eu me reconstrua.

Uma saudade.
(05/04/2011)

Obs: Talvez minha reza já seja uma aposta, antes eu nem rezava a ninguém!
(28/04/2011)

22.4.11

CISNE NEGRO

Cisne Negro - Porque ele me dói tanto? E até quando vou seguindo com as feridas abertas nos pés? Quantos passos ainda até acertar o tempo e o ritmo? Quantos descompassos?
As sapatilhas já não me ferem mais, elas não me dóem. A dor vem da ausência e das distâncias entre elas e os meus pés saudosos. Ando com pés descalços e passos fora do compasso.
Ainda há certa insistência em mim em guardar as coisas, em tê-las só pra mim. Talvez, tenha aprendido isso por meio da minha resignação quase que inata (sei que não é inata!). É que no percorrer dos meus anos fui aprendendo a me guardar demais e a guardar tudo em mim sem compartilhar. Fui desaprendendo a compartilhar coisas e as coisas não compartilhadas eram, além de secretas, minha própria forma de existir, à qual eu recorria quando sentia-me perdida. Há uns tempos venho tentando fazer o contrário: guardar as coisas compartilhando-as. Acontece, no entanto, que ainda estou sem jeito para fazê-lo: às vezes sou urgente demais ao expressar e acabo por jorrar de vez palavras e sensções sem saber guardá-las em mim, acabo por fazer uma doação sem sentir que fiz um bem, apenas transpondo o que era meu a outrem; outras vezes, são urgentes demais, e, por serem urgentes, acabo me deixando ser superficial e não dando conta dos detalhes, das minúncias. As importâncias acabam despercebidas e, depois que narradas, perdidas em um espaço fora de mim.

8.4.11

Hino a você

Aquilo que passou, ficou. Ficou por não haver razão alguma para que desapareça, nem desespero. Dançamos enquanto havia música, mas o baile acaba, a música pára e não foi diferente. Mas as lembranças do baile, da dança, da música, permanecerão, não irão embora, como nós fomos.

E, a você, um hino:

"Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Nao há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão"


Das palavras de Vinícius eu faço as tuas, por você se dar à vida e também, por ensinar os outros a se darem a ela.
Só agora eu consigo confessar aquilo que tu afirmavas brincando e eu negava: Que eu te invejava. Sim, invejava! Invejava por dois motivos: primeiro porque tu vivias; segundo porque, em sua vida, eu não te bastava, e desejava te bastar.

Esse hino é um louvor a ti, mas sem nostalgia, porque, apesar das boas lembranças, eu já não desejo o regresso; já não há o desejo de te bastar. Nós já nos bastamos!

21.2.11

Não mais me interessa:
a tua vivência, as tuas ausências, experiências;
tuas dores (por) teus amores, as novas flores
Não mais me interessa.
A conversa.
Não mais me interessa a ligação esperada;
já não desespero

Não mais me interessa que eu te interesse.

6.2.11

Não quero condenar as coisas vividas ao passado, à memória. Que elas sejam minha atualidade, minha realidade presente. Que os momentos vividos sejam meus momentos vivendo, meus presentes: meus risos, meus choros, minha sensibilidade, minhas companhias.

27.1.11

Tenho horror ao modo de como escuto a música, percebi que não a escuto mais. A música tornou-se para mim um mera companheira que me arranca do silêncio. E isto é indigno.
A arte das artes não pode ser um mero abortador do silêncio.
Então mais uma oração:
Que eu tenha a atitude de negar a música quando eu não tiver a dignidade para ouvi-la! E que eu possa ofertar todos os meus sentidos quando for apreciá-la; que eu esteja completa e total, quando ela se lançar pra mim!
Havia dias em que eu rezava por novidade, achava que o novo bastaria à ampliação das minhas percepções e ao despertar da minha sensibilidade.
Atualmente minha oração é outra. Rogo por olhos atentos e dilatados, só assim olharei com novidade tudo aquilo que minha vista alcança. Somente assim saberei dar valor ao que existe e ao que persiste.
Apenas dessa maneira as coisas não me serão passageiras, não me serão meras mercadorias consumíveis; só assim elas terão a chance de se eternizar em mim e eu, de me eternizar nelas.

25.1.11

Qual o tamanho do futuro que ainda viverei recolhendo e ninando nosso passado em meu colo?

24.1.11


Rasgo-me
Rasgo-te
Quero o sangue de nós dois, quero todo esse vermelho líquido derramando de ambos - um rio de nós dois.
Rasgue-me!
Resgate-me da imobilidade, quero o sangue!
Venha e sangre comigo
Rasgue-me e rasgue-se
Façamos de nós um grande rio vermelho

3.1.11

Sim, a coragem!
Se sou responsável por aquilo que sou, então, que eu me responsabilize por minhas atitudes, pelo meu engajamento, pelos meus empreendimentos e não por uma ausência de atitude, por uma quietude e uma passividade, por covardia.

Lendo "O existencialismo é um humanismo"; de Jean-Paul Sartre

1.1.11

"...Mas como adulto terei a coragem infantil de me perder? perder-se significa ir achando e nem saber o que fazer do que se for achando."
Lispector

E que eu tenha a coragem infantil! E que tenhamos tal coragem!
Hoje é um dia de se ler. De ler olhos esperançosos e páginas de livros de filosofia que falem do humanismo. Hoje é dia de se ler, ler com a esperança de que todos os dias tenham olhos mais dinâmicos e mais ávidos à leitura das páginas do mundo!
Que sejamos mais humanos, ainda que para isso tenhamos que reconhecer o 'animal' em nós.
Amém! Oxalá!
Olhar dilatado - para perceber
Sensibilidade - para sentir
Força - para mudar
Sabedoria - para saber o rumo