13.7.11

Misérias

De que me vale conhecer, questiono-me. Se tudo é antes uma autopromoção. Se somos determinados socialmente pelo que temos - e o somos -, o conhecimento não passa disso: mais um objeto de ornamentação, que bunitinho ser decorada! Da utilidade do conhecimento à sua fultilidade, é isso. Vivemos a era da fultilidade do conhecimento. Conhecer para mudar? Que coisa arcaica, não? Conhecer por conhecer mesmo, porque o conhecimento é irresistível e porque é preciso mostrar que se conhece. E perde-se e perde-se e perde-se... O conhecimento tem um fim em-si-mesmo.

Começo a desconfiar que a miséria real foi inventada pra manutenção dos pensadores.

Da fome e da sede deles vou me doutorando.

Um comentário:

  1. Anônimo2.8.11

    Nada tem um fim em sí mesmo nem o conhecimento todo fim é um fim para algo... que não é nem nunca será o mesmo... exige coragem pra aceitar que nem sempre isso que está sendo produzido terá um fim belo...
    Esse conhecimento que tu critica e que concordo em partes com vc é o que nos possibilita tornarmos conscientes dessas mudanças...
    a civilização humana já passou muito tempo produzindo reflexões por "si mesmas", conhecia-se a roda mais não a colocava em movimento... agora a ordem é outra... movimente essa roda com esse conhecimento acumulado dê vida a ela mas dê uma vida éticamente comprometida com a vida humana... Esse entendo eu que é o principal objetivo de se buscar tanto conhecimento... de forma bem simples seria melhorar a vida das pessoas...
    Ass: Neto

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