27.7.14

O vento é uma transparência de azul que nos pinta a alma!

No outro, nos olhos

Outros olhos
Outros olhos
Outros olhos
Aos teus

Outros olhos
Outros olhos
Outros olhos
Aos meus

Outros olhos
Outros olhos
Outros olhos:
Os nós-sós

Do homem sem nome

Chama-se Eduardo
Era tido ali não como um nada,
Mas como um empecilho, obstáculo, atrapalho
Era um bêbado a mais a encher o saco
O grande saco do nosso ego inflado

Chama-se Eduardo,
Mas para tantos de nós é um sem nome, um alguém inominado
Mas, por acaso, deu-se do Eduardo deparar-se com Manél de Barros
Poeta dos ínfimos, dos miúdos, dos insignificantes, dos insignificáveis, dos despropositados
Seres do nada

Deu-se então do Eduardo dizer do Manél:
"Ele fala de nós tudo" (não sei bem se com essas palavras, mas com esse conteúdo)
E num é que
A poesia vinda do Mato,
Se ampliou no encontro com o homem das Ruas,
Esse homem sem nome, que por ser inomeado também é
"A liberdade em trapos"

1.7.14

Aconchegâncias

Quando meu corpo precisa de distâncias
Quero aproximações com o barro