Chama-se Eduardo
Era tido ali não como um nada,
Mas como um empecilho, obstáculo, atrapalho
Era um bêbado a mais a encher o saco
O grande saco do nosso ego inflado
Chama-se Eduardo,
Mas para tantos de nós é um sem nome, um alguém inominado
Mas, por acaso, deu-se do Eduardo deparar-se com Manél de Barros
Poeta dos ínfimos, dos miúdos, dos insignificantes, dos insignificáveis, dos despropositados
Seres do nada
Deu-se então do Eduardo dizer do Manél:
"Ele fala de nós tudo" (não sei bem se com essas palavras, mas com esse conteúdo)
E num é que
A poesia vinda do Mato,
Se ampliou no encontro com o homem das Ruas,
Esse homem sem nome, que por ser inomeado também é
"A liberdade em trapos"
27.7.14
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