8.4.10

A dignidade de viver não se arranja nas calçadas fora de casa. Se arranja nas relações mais íntimas, com portas de casa abertas. Mas é tão difícil essa dignidade de portas abertas, no entanto, é a única dignidade aceitável. Não se vender, não se prostituir é tão difícil. E, a cada porta batida eu me prostituo. Vendo minha dignidade por um pedaço de atenção e de relação, mas a relação que tenho é promíscua e míserável.

Não vale a pena fechar portas tentando esconder a obscuriedade de suas relações, não adianta. Toda obscenidade aberta, mostrada, é muito mais digna.

[pra mim: então, Se exponha!]

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