26.6.10

PU-TA!


Não sei das motivações, não. Eu sei que é isso aí. Quando me perguntam o que vou ser da vida só tenho vontade de falar "Mulher"! Da vida eu quero ser mulher, mulher! Não, não ouviu errado não, é isso mesmo. Vadia, prostituta, se preferir. Mulher, é o termo que mais me apraz, da vida.
Mulher da vida...
Já parou pra pensar na poesia que isso tem? Mu.lher.da.vida! (Mulher dá vida! Lhe dá vida! Dá vida! Dádiva! Diva! Vida!)

Meu homem? Seria a vida exclusivamente e, por extensão, todos os outros. Estaria para ser fiel a este meu homem, que por vezes poderia vestir-se de mulher também. À vida seria fiel. Não seria mulher do Júlio, do Marcos, do Paulo ou Pedro, da casa, do trabalho e a estes não deveria fidelidade. Estaria além. Poderia ser de todos esses e seria além. Minha fidelidade me multiplicaria.
Me chamariam de Maria, de Joana, de Ester, que cada hora eu seria uma: a que você/ele/ela quisesse, a que lhes conviesse eu seria.

Seria Puta da vida
Pra não viver uma vida da puta!




Entenda-me, é só um sonho e não pode julgá-lo. Por quê? Porque sei desejaria que não o fosse apenas.

Um comentário:

  1. Esse seu texto me soou bem nos ouvidos. Vejo uma revolta moderada, meu que escondida e ao mesmo tempo bem evidente... Gostei.

    Instigante!

    saudações do Nada!

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