26.6.10
PU-TA!
Não sei das motivações, não. Eu sei que é isso aí. Quando me perguntam o que vou ser da vida só tenho vontade de falar "Mulher"! Da vida eu quero ser mulher, mulher! Não, não ouviu errado não, é isso mesmo. Vadia, prostituta, se preferir. Mulher, é o termo que mais me apraz, da vida.
Mulher da vida...
Já parou pra pensar na poesia que isso tem? Mu.lher.da.vida! (Mulher dá vida! Lhe dá vida! Dá vida! Dádiva! Diva! Vida!)
Meu homem? Seria a vida exclusivamente e, por extensão, todos os outros. Estaria para ser fiel a este meu homem, que por vezes poderia vestir-se de mulher também. À vida seria fiel. Não seria mulher do Júlio, do Marcos, do Paulo ou Pedro, da casa, do trabalho e a estes não deveria fidelidade. Estaria além. Poderia ser de todos esses e seria além. Minha fidelidade me multiplicaria.
Me chamariam de Maria, de Joana, de Ester, que cada hora eu seria uma: a que você/ele/ela quisesse, a que lhes conviesse eu seria.
Seria Puta da vida
Pra não viver uma vida da puta!
Entenda-me, é só um sonho e não pode julgá-lo. Por quê? Porque sei desejaria que não o fosse apenas.
24.6.10
Disseram-me certa vez que eu era apaixonante, apaixonante. Só não consideraram a efemeridade que o verbo "apaixonar-se" traz consigo e, logo, os seus derivados, como o adjetivo "apaixonante". Eu sou apaixonante, quer dizer, eu fui; o tempo mudou o verbo. Talvez eu seja novamente apaixonante, pra um outro alguém que, logo, logo descobrirá a efemeridade do meu ser apaixonante e se desapaixonará permanentemente.
20.6.10
Eu quero olhos saudáveis e mãos habilidosas. Olhos, pra que eu vislumbre a doçura e vislumbrando, apreenda-a; a habilidade das mãos, para construir a doçura. Ah, a doçura!
É que ando tão amarguinha ultimamente. E não quero essa amargura não. Eu quero mesmo é a docilidade das crianças, os olhos saudáveis de criança, o destemor ao construir - ainda que destruindo - que as crianças tem. Eu quero isso tudo, e tudo isso não é demais não. Tudo isso é o mínimo e tudo isso é também o máximo.
Só estou pedindo pra viver, é um pedido tão ralinho, mas tão necessário.
É um desejo difícil de concretizar, talvez! Mas é o mínimo e o MÁXIMO.
É tudo o que tem que ser e ter pra se viver: olhos saudáveis e mãos habilidosas.
É tudo que eu quero
Tudo que eu peço
É o que rezo:
Olhos saudáveis e mãos habilidosas. Pra ver e construir (com) doçura.
É que ando tão amarguinha ultimamente. E não quero essa amargura não. Eu quero mesmo é a docilidade das crianças, os olhos saudáveis de criança, o destemor ao construir - ainda que destruindo - que as crianças tem. Eu quero isso tudo, e tudo isso não é demais não. Tudo isso é o mínimo e tudo isso é também o máximo.
Só estou pedindo pra viver, é um pedido tão ralinho, mas tão necessário.
É um desejo difícil de concretizar, talvez! Mas é o mínimo e o MÁXIMO.
É tudo o que tem que ser e ter pra se viver: olhos saudáveis e mãos habilidosas.
É tudo que eu quero
Tudo que eu peço
É o que rezo:
Olhos saudáveis e mãos habilidosas. Pra ver e construir (com) doçura.
17.6.10
Eu tenho o que dizer, mas não sei como começar. Começo assim expondo essa minha falta de habilidade só pra começar a escrever e assim experiencio se é verdade mesmo que "depois do primeiro passo tudo flui". O primeiro passo já foi dado - comecei -, mas não acredito que depois dele tudo flua não. É claro que você já está em movimento ao dar o primeiro passo, mas e daí? Você poderá parar antes do segundo passo ser dado, na metade do caminho ou pertinho de alcançar seu alvo, caso sua vontade de voltar atrás seja maior ou caso sua vontade de continuar em movimento não seja uma Vontade com "V" maiúsculo. Se ela for com "V" maiúsculo, você continuará.
Eis eu aqui sem saber se é uma "V"ontade o que me traz a escrever. E vou continuando.
Nem lembro mais o que me trouxe aqui pra escrever. Embalado pelo balaço do primeiro passo esqueci a finalidade da minha caminhada e me perdi. Agora, consciente disso, procuro retornar. Acho, ao contrário de antes, que depois do primeiro passo tudo flui. Difícil é ter consciencia de para onde vai todo esse fluxo de fluidez, saber da sua direção.
Era, talvez, sobre uma incapacidade de manifestação ou de comoção o assunto extraviado. Da paixão e das insatisfações que geram o envolvimento com algo. É! Parece-me que era esse mesmo o assunto. Era sobre isso que não tenho em mim: essas paixões e essas grandes insatisfações e revoltas e inquietações geradoras de movimento.
Disseram que pessoas assim, destituídas dessas forças, estão condenadas a ser medíocres. Pessoas como eu, condenação, mediocridade: é isso que passa agora na minha cabeça numa tentativa de compreensão.
Fiquei "inerte" (outra palavra utilizada por eles que têm "V"ontades)quando ouvi isso de mediocridade. Afinal, não posso fugir a minha natureza (poderia chamar isso de natural?). Medo? Senti medo quando ouvi isso? Sei lá, acho que minha me.di.o.cri.da.de não me permitiu sentir isso também não.
Sabe o que eu vou fazer agora? Sabe o que tenho vontade agora?? Rááá´! É de quebrar, é de gritar, é de mostrar toda essa força das paixões!
Mentira, viu? Tudo que disse agora é men.ti.ra. Não tô com nenhuma dessas "V"ontades não, que pra seres medíocres tá tudo bem, tá tudo sempre bem.
Disseram ainda ser fácil essa vida medíocre. Sabe o que eu penso? Que eles não sabem que a mediocridade não se basta, que lado a lado com a mediocridade caminha um resquício de consciência que fere quando a gente pára e pensa.
Parece que eu tô é me justificando e estou mesmo.
Eu só queria poder gritar minha mediocridade. Não numa atitude de quem sente orgulho. Numa atidude de quem grita pra se assumir e, talvez, na tentativa de afugentar essa medio.cri.cri.cri.
Era um misto disso o que eu tinha pra dizer. Só pra me afastar um pouco dessa mediocri.cri. Tudo tão medio.cri!
Dei passos pra sair desse marasmo, mas tudo acaba sempre. Acabaram-se as "V"ontades, quero dizer, as vontades. Sobraram medio cri cri cri.
Eis eu aqui sem saber se é uma "V"ontade o que me traz a escrever. E vou continuando.
Nem lembro mais o que me trouxe aqui pra escrever. Embalado pelo balaço do primeiro passo esqueci a finalidade da minha caminhada e me perdi. Agora, consciente disso, procuro retornar. Acho, ao contrário de antes, que depois do primeiro passo tudo flui. Difícil é ter consciencia de para onde vai todo esse fluxo de fluidez, saber da sua direção.
Era, talvez, sobre uma incapacidade de manifestação ou de comoção o assunto extraviado. Da paixão e das insatisfações que geram o envolvimento com algo. É! Parece-me que era esse mesmo o assunto. Era sobre isso que não tenho em mim: essas paixões e essas grandes insatisfações e revoltas e inquietações geradoras de movimento.
Disseram que pessoas assim, destituídas dessas forças, estão condenadas a ser medíocres. Pessoas como eu, condenação, mediocridade: é isso que passa agora na minha cabeça numa tentativa de compreensão.
Fiquei "inerte" (outra palavra utilizada por eles que têm "V"ontades)quando ouvi isso de mediocridade. Afinal, não posso fugir a minha natureza (poderia chamar isso de natural?). Medo? Senti medo quando ouvi isso? Sei lá, acho que minha me.di.o.cri.da.de não me permitiu sentir isso também não.
Sabe o que eu vou fazer agora? Sabe o que tenho vontade agora?? Rááá´! É de quebrar, é de gritar, é de mostrar toda essa força das paixões!
Mentira, viu? Tudo que disse agora é men.ti.ra. Não tô com nenhuma dessas "V"ontades não, que pra seres medíocres tá tudo bem, tá tudo sempre bem.
Disseram ainda ser fácil essa vida medíocre. Sabe o que eu penso? Que eles não sabem que a mediocridade não se basta, que lado a lado com a mediocridade caminha um resquício de consciência que fere quando a gente pára e pensa.
Parece que eu tô é me justificando e estou mesmo.
Eu só queria poder gritar minha mediocridade. Não numa atitude de quem sente orgulho. Numa atidude de quem grita pra se assumir e, talvez, na tentativa de afugentar essa medio.cri.cri.cri.
Era um misto disso o que eu tinha pra dizer. Só pra me afastar um pouco dessa mediocri.cri. Tudo tão medio.cri!
Dei passos pra sair desse marasmo, mas tudo acaba sempre. Acabaram-se as "V"ontades, quero dizer, as vontades. Sobraram medio cri cri cri.
15.6.10
Sempre tenho a impressão de que tudo que escrevo não é meu, pelo menos não somente meu. Tenho a impressão permanente de ter me apropriado de algo de outrem - seja uma ideia, uma expressão ou a forma de escrever. Quero apenas pedir perdão pelos meus furtos - verdadeiros ou forjados - e dar créditos a todos aqueles que passam por mim, quando os leio, quando os escuto e que me impregnam de coisas que acabo por me apropriar de tanta semelhança e/ou admiração.
12.6.10
Só estou aqui pra dizer que estou existindo! Pra afirmar a mim mesma minha própria existência, pra me convencer de tudo que se passa! Estou aqui é pra sentir minha raiva de perto, cara a cara, e ter a liberdade pra senti-la! Eu quero ter liberdade pra sentir minha raiva, pra fazê-la respingar em quem quer que seja numa atitude bem mesquinha! Ahhh Tudo que eu menos quero hoje é dar a César somente o que é de César! Eu quero dar a César é o que ele não merece! Eu quero é ser egoísta e respingar a toda minha ira apenas pra perceberem que eu existo, nesse mundo de merda, nessa merda de mundo! Eu EXISTOOOO E TENHO RAIVA!
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