Ó, flor, hoje fiz amor contigo
Na verdade prefiro chamar a isso sexo sagrado
Demorava-se o nosso encontro de corpos
Inicialmente era o meu corpo nu
Sobre o teu corpo nu
Descascados e descansados, como que a entrar no aconchego do primeiro sono
Era nessa despretensão de amor que, intimamente, nossos poros iam dando vazão aos nossos aquecimentos de dentro, querendo nos ampliar na outra.
E foi nessa embriaguez de sono e desejos que, va.ga.ro.sa.men.te
Levantava minha cabeça aconchegada no teu ombro
E ia te molhando o pescoço com meus beijos salivares
Ia assim, sem pressas, a percorrer teu corpo:
Ombros, Seios, Barriga, Ventre, Pernas, Coxas
Até, enfim, chegar à tua cascata
Lugar onde desaguas os teus suores.
Pus a minha língua a ti amparar.
Tu, água, seguia a desabar intensa e forte,
Eu, pedra, a me inundar.
E assim, numa demora que durava duas horas,
Deixava tu me resfriar toda a dureza
Com tuas águas de fogo.
Era sagrado encontro de naturezas.
2.10.14
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