Tamina guardava suas memórias em seus diários, não era tanto por vontade própria, era pra atender vontade alheia, a do homem que(a)amava. Mas tivera de sair de seu país sem seus diários, sem suas memórias escritas. E sentia, agora, como eram tão seus aqueles escritos e tão suas aquelas memórias. E sua memória - sem as páginas, as letras e as leituras que lhe falavam como foi o passado - tornou-se escrava do esquecimento.
E eu que nada escrevi? Que não as tenho comigo? Que nunca poderei perder as memórias por não tê-las escrito? Como lembrá-las? Resta sair pelo mundo, viver o mundo e reencontrar as memórias no contato com o novo, que é velho, no contato com o velho, que é novo. Reencontrar o perdido nas diversas partes do mundo, assim aprendi com Tamina.
Com o livro do riso e do esquecimento, aprendi que preciso lembrar.
1.3.12
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