19.3.10



Certa vez, tu havias se perguntado entre tuas letras se era amor verdadeiro aquilo que por mim sentias. Parece que achastes a resposta e, pelo fato de não compartilhá-la comigo, sinto qual seja ela.
Ai, não fora amor verdadeiro o que tu por mim sentias, e se fora verdadeiro, não fora duradouro.
E, ainda hoje, passo os dias a me questionar como se teria sido a vivência mais plena desse amor; como nos teríamos gastado juntos.
A sequência de sua vida acompanho vendo teus retratos, e, ai!, quanta ansiedade por ver um retrato meu entre tuas páginas, pra sentir que ainda há resquícios daquilo que um dia fora dúvida, daquilo que um dia, acredito, fora amor; pra sentir que a certeza de uma morte não é iminente.

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