Você me disse que eu sou petulante, né?
acho que sou sim, viu?
como a água que desce a cachoeira
e não pergunta se pode passar
você me disse que meu olho é duro como faca
acho que é sim, viu?
como é duro o tronco da mangueira
onde você precisa se encostar
você me disse que eu destruo sempre
a sua mais romântica ilusão
e destruo sempre com minha palavra
o que me incomodou
acho que é sim
como fere e faz barulho o bicho que se machucou,viu?
como fere e faz barulho o bicho que se machucou,viu?
Oswaldo Montenegro
29.3.10
19.3.10
Certa vez, tu havias se perguntado entre tuas letras se era amor verdadeiro aquilo que por mim sentias. Parece que achastes a resposta e, pelo fato de não compartilhá-la comigo, sinto qual seja ela.
Ai, não fora amor verdadeiro o que tu por mim sentias, e se fora verdadeiro, não fora duradouro.
E, ainda hoje, passo os dias a me questionar como se teria sido a vivência mais plena desse amor; como nos teríamos gastado juntos.
A sequência de sua vida acompanho vendo teus retratos, e, ai!, quanta ansiedade por ver um retrato meu entre tuas páginas, pra sentir que ainda há resquícios daquilo que um dia fora dúvida, daquilo que um dia, acredito, fora amor; pra sentir que a certeza de uma morte não é iminente.
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