23.5.12

E agora, que andarei meus dias sem correr o risco de te ver? Há uma greve compulsória em mim, impedindo-me de correr teu risco.

18.5.12

Dias de sim

Dias de encontro
Na poesia
Nas pessoas-crianças
No remechimento por dentro
Na revilravolta por fora
Reencontro com as palavrinhas-palavrões:
Força, Coragem, Esperança, "Rebento"

16.5.12

Acerca da lona universal

Peço pra passar dias aí, aprendendo a ser coletiva; aprendendo a lutar; aprendendo a aprender. Mas não peço pra ficar muitos dias aí, peço pra ficar a vida inteira aí-aqui, tentando ser universal, com a pretensão de chamar os daqui pra ampliação da lona, do circo, do universo crítico.

Obrigada pelas lições!


*As leituras que faço já são meus dias aí. Ler ou reler é meu rito de iniciação, pra adentrar ao coletivo.

10.5.12

Fracassos

De quantos fracassos se faz um palhaço?


Te dispo. Te dispo da indiferença que não te permite viver nem sentir. Te dispo desse teu riso frouxo de desdém, teu riso que te protege, um riso fechado e fechador. Te dispo de tudo isso: de todo esse mundo de realidade.
Me afirmo. Afirmo que é este mundo que quero quebrar, e, se tiver que ser pelo fracasso, que o seja. Mas que eu me afirme mais a cada dia, como o palhaço faz em seu fracasso, lutando por uma idealidade, gerando risos abertos e abridores.
Me dispo.

6.5.12

Fui te despindo; Dulce Maria Loynas 

Fui te despindo de ti mesmo 
dos "tus" sobrepostos que a vida 
te cingiu 

Te arranquei a casca - inteira e dura - 
que parecia fruta, que tinha 
a forma da fruta 

E diante do vago assombro dos teus olhos 
surgiste tu com olhos ainda velados 
de sombras e assombros 

Surgiste de ti mesmo; da mesma 
sombra fecunda - intacto desgarrado 
em alma viva 

Poema desvelado em: http://ouniversalcircocritico.blogspot.com.br/

1.5.12

Fico aqui, vagabunda, vendo teu nome. Vendo, revendo, relendo teu nome. Oculta que estou, não me vês. Mas te vejo com esse vermelho à frente do teu nome, sua ocupação. Quem dera estivesses ocupado de mim.